É por isso que amo o Rio.
Foi aqui que tornei gente com toda a incoerência a mim permitida e outorgada. Foi nessa cidade que conheci o samba e suas nuances em verde e rosa, com toda prosa que sobe e desce o morro de ladeiras íngremes pontuadas de notas musicais.
Desci o asfalto e aos prantos dancei em sua avenida. Ladeada por uma imensidão de mar e de gente de corpos bronzeados.
Foi aqui que encontrei uma espécie de nômades familiares com os quais esbarro nas areias, nos bares, nas esquinas.
Fiquei até o amanhecer na Lapa de grafites neon com toda a sorte de diversidade. Ouvi o ecoar de tambores, chorei com a cuíca, e sorri com o repique de pandeiros e batucar de tamborins.
O ritmo de bambas me fez mais feliz em Lá maior. Nessa terra de altíssimos lustres, olho o mar que invade o Vidigal e vai até a África passando pela Niemeyer. Ao sair do Joá, vejo o Dois Irmãos ladeado pela orla. Agradeço por me ser permitido me apoderar desse lugar.
Bonito, né?
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