
Era terça-feira, dia 17 de fevereiro, às vésperas do carnaval. Combinei com meu grande camarada e xará, o designer Daniel Duarte para irmos ao Saara comprar fantasias para o carnaval e depois visitar alguns butiquins. Saímos cedo, às 9h da manhã. Aliás, era um dia daqueles, nenhuma nuvem no céu, a cidade estava esplendorosa, e um calor de deserto do Saara. Às 10 da manhã o termômetro na presidente vargas já marcava os 36°!!!

A variedade de cachaças então, é de marejar os olhos de um bom bebedor. Nos acepipes, é mais simples. Como se trata de um armazém, são tira-gostos como empadinhas de frango e queijo, e porções de queijos e frios em geral. 
homenagem ao aniversário de 58 anos do clube Renascença. Pra quem não conhece, o Renascença é um clube de resistência negra e sede do maravilhoso e tradicionalíssimo Samba do trabalhador.
Em poucos minutos chega ao armazém um verdadeiro batalhão de bambas e boêmios, dentre eles, o também camarada e grande sambista Marquinhos Sathan, o presidente do clube e toda a velha guarda desse "Doce refúgio" que é o Renascença. Aí sim a festa estava completa! Sem pensar, eu disse ao meu cumpadre Daniel Duarte: "Já sabe que a gente não vai sair daqui tão cedo! Pode preparando o "figueiredo", porque ele vai trabalhar, e muito!"
O papo rolava solto, numa alegria geral. Pude matar saudades e colocar o papo em dia com grandes figuras. Com toda essa farra, o número de garrafas vazias se multiplicavam num ritmo impressionante, devidamente acompanhado de porções de mortadela e tremoços. Com isso, meu xará sacou a sua máquina fotográfica de última geração e começou disparar clicks desse encontro improvável, porém fantástico. Conforme a graduação alcoólica subia, a cantoria começava. Um verdadeiro carnaval! Essa farra toda varou a tarde. 
Viva a boemia!!!
Até!



